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Apresentação de Trabalhos

e Eixos Temáticos

Eixos Temáticos

1- Epistemologias, Estudos Africanos e Afrocentricidade:

A história africana, rica em toda sua complexidade, que varia de sua matrilinearidade a seus modos autóctones de vida; de suas vastas contribuições científicas na medicina, na astronomia a suas esbeltas obras arquitetônicas, esteve durante muito tempo ausente nas disciplinas acadêmicas, nas matérias escolares, e no cotidiano das pessoas, salvo a tradições que conseguiram se manter em meio a imposição cultural que esses povos sofreram pelos colonizadores. Dito isso, emerge a necessidade de se construir epistemologias afrocentradas, ou seja, a perceber os africanos como sujeitos e agentes de fenômenos atuando sobre sua própria imagem cultural e de acordo com seus próprios interesses humanos. Esse Eixo temático propõe a apresentação de trabalhos que visem a decolonialidade, descolonização ideológica, produções científicas baseadas na perspectivas africanas e africanas diaspórico.

2- O ensino de Geografia da África e diásporas: contribuições, perspectivas, abordagens e desafios.

A aplicação da lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afrobrasileira na educação, vem sendo compreendida como um desafio escolar e acadêmico. Tendo isso em vista, o objetivo deste eixo é reunir trabalhos cuja centralidade esteja em africanidades e educação, apresentando suas experiências, perspectivas, desafios e inovações metodológicas no que tange ao ensino de Geografia da África. Estão abertas as temáticas dentre a Geografia Humana, Física, Ambiental ou até mesmo Epistemológica e Pedagógica, nos diversos níveis da educação.

3- Geografia Física , questões ambientais, desastres naturais e antrópicos em território africano e afro-diaspórico.


O estudo das unidades físicas da África, sejam geológicas, geomorfológicas, climáticas, hidrográficas, etc; são de extrema importância para a produção de conhecimento científico, tanto para a América do Sul quanto para a África, pois os climas e formações geológicas semelhantes fazem com que os estudos dos dois continentes possam ser relacionados e que as pesquisas de um possam colaborar para a produção de conhecimento de ambos, sendo assim, podendo ser de grande utilidade para diversas áreas dos saberes científicos. A partir desses estudos é possível partir para as questões ambientais que envolvem tanto os desastres naturais quanto os antrópicos, e que causam grande impacto social para as pessoas que vivem nos locais afetados, havendo um descaso em relação ao tema quando se trata territórios africanos e afro-diaspóricos.

4. Civilizações, etnias e diásporas africanas

Na África, desde a antiguidade se desenvolveram grandes civilizações, formadas por vários grupos étnicos que migraram dentro do próprio continente para trocar conhecimentos e culturas, como matemática, filosofia, arquitetura, medicina, tradições, etc. Todo esse progresso é interrompido com o início das invasões da Europa e da Ásia na África, que causaram diversas diásporas forçadas dos africanos para várias partes do mundo. Desde então os conhecimentos de origem africana foram apropriados por outras culturas ou simplesmente escondidos. A Fim de conhecer mais a fundo a produção científica e cultural de origem africana (seja do continente ou dos africanos em diáspora) convocamos trabalhos que reflitam sobre a temática e tragam questões importantes a serem discutidas pelo olhar das geociências, principalmente pela geografia.

5. Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Candomblé, Quilombos e Organizações Negras:

Com o processo das Diásporas forçadas para o Ocidente inúmeras formas de resistência africana americana em todo o continente se desenvolveram, tendo como referência filosófica, organizacional, espiritual e cultural as experiências ancestrais africanas, desaguando na construção de inúmeros Quilombos, Marroons, o Candomblé suas nações e várias outras comunidades tradicionais afro-diaspóricas resignificadas em seus contextos e da manifestação do ser africano no Brasil e em seu flerte com os povos melanodérmicos originários aqui presentes antes da escravização africana, sendo estas comunidades fontes culturais que enriquecem e contribuem para a diversidade, produções científicas, artes, tradições espirituais, construções de projetos políticos etc.  

6- Gênero e Diversidade sexual: Matriarcado, Resistências femininas, Masculinidade negra e Orientação Sexual.

A proposta desta área temática busca o aprofundamento da discussão sobre a condição da mulher negra africana do continente e a afro-diaspórica, a identificação da origem dos problemas que as assolam partindo da vivência subjetiva das mesmas para analisar os fenômenos que fazem parte de suas realidades e, afrocentradamente, buscar novos direcionamentos para possíveis soluções, não somente para seus corpos, como também para todo o seu povo. Pensando nisso, este eixo tem como perspectivas a contribuição para o desenvolvimento do ensino teórico a cerca de frentes que traga em sua cerne teóricos negros que possam contribuir com este campo do saber, além de levantar como a ciência geográfica tem apropriado e estruturado suas reflexões considerando o debate sobre o tema. Mas também trabalhos que tratem da questão não apenas a partir da abordagem geográfica, para ampliar assim as discussões sobre este tema.

7. Poder, Território e a Fronteira Geopolítica: Desafios dos Estados Africanos no séc.XXI:

Percebe-se que desde o fim do século XIX e do prelúdio do século XX, o território africano foi palco de uma série de eventos geográficos e de conflitos geopolíticos, com efeitos de intervenção colonialista. Portanto, esses processos de intervenções interferiam justamente nas situações econômicas, políticas e sociais da população africana. Devido a fronteira imposta pelos países colonizadores, diversos Estados dentre o continente africano foram alvo de turbulências políticas pelo controle territorial. Desde então, o território africano está em jogo pelo domínio das fronteiras políticas e geopolíticas, lutas pelas delimitações estratégicas e da soberania, segurança pública e territorial, relações internacionais. Este contempla os trabalhos que dialogam com a importância dessas questões para uma análise geográfica sobre como as heranças colonialistas e da hegemonia capitalista atual influenciam as situações geopolítico-territoriais africanas.

8. Urbanização, Contextos Sociais e Interações Espaciais: O lugar do Negro na Contemporaneidade:

A urbanização brasileira foi imposta como um modelo de progresso eurocêntrico e suas consequências reverberam ainda nos estudos urbanos atuais. Enquanto um modelo de homogeneização do espaço, reprodução do capital e de relações sociais racializadas, a urbanização contribui para processos simultâneos e consequentes a ela: segregação socioespacial, financeirização do território, circuitos da economia urbana, favelização e enclaves fortificados, verticalização do território, metropolização, mobilidade urbana, movimentos sociais urbanos e lutas por moradia e reformas urbanas. Este eixo contempla a variedade de estudos urbanos referente ao lugar do negro nos processos de urbanização.

Apresentação de Resumos e Normas

Esta atividade contempla a apresentação de resumos estentidos (pesquisas em andamento, concluídas e relatos de experiências), dentro das oito temáticas apresentadas. Nas apresentações de resumos, tanto os apresentadores como os participantes sem trabalhos inscritos têm a oportunidade de discutir, apresentar experiências e trocar informações. Cada autor poderá inscrever apenas 01 Resumo estendido (individual) e como co-autoria estar presente em 1 resumo estendido. O autor-debatedor, para obtenção do certificado, deverá tomar parte presencialmente nas discussões do seu eixo e mais um outro eixo. A confirmação da presença será pela assinatura da lista, disponível na sala de apresentação do resumo.

 

O certificado expedido será de apresentação de trabalho na XII Semana de Geografia 2019. Quanto a(os) autor(es) e co-autor(es) que não estiverem presentes na apresentação e não cumprirem a carga horária mínima da atividade, estes não receberão certificado de apresentação de trabalho no evento, mas terão seus nomes publicados nos Anais do evento.

Importante: O trabalho só será publicado caso seja efetivamente apresentado pelo(s) autor(es) e/ou co-autor(es) durante a apresentação de trabalhos e cumprida a carga horária mínima da atividade.

Os autores deverão se inscrever pelo site após o envio do resumo ser realizado.

 
As áreas constituem as diretrizes para a sistematização dos trabalhos a serem apresentados.

PRAZO: Envio até 17 de outubro de 2019 - envio do Resumo

Resultado dos resumos selecionados: 24 de outubro de 2019

E-mail para envio dos trabalhos: semanadegeo@gmail.com - indicar o eixo temático escolhido no campo "ASSUNTO"

Normas para envio dos resumos estendidos:

O resumo deverá ter de 5 a 8 páginas (deverá abordar Introdução, Objetivos, Metodologias, Resultados). Palavras-chave (até 3).

INFORMAÇÕES SOBRE AS PUBLICAÇÕES:

Haverá uma avaliação dos trabalhos feita pela comissão científica durante a apresentação dos trabalhos nos dias do evento. As melhores apresentações terão seu resumo estendido selecionado para serem desenvolvidos como trabalhos completos (segue as normas abaixo) e após isso serão publicados em uma edição especial sobre o evento na revista da AGB - Campinas (Após o evento a comissão de organização entrará em contato com os selecionados para passar as orientações). 

Normas para envio dos trabalhos completos (Para a publicação pós evento):

Fonte: Times New Roman, tamanho 12, entre linhas 1,5 linha, entre 12 a 15 páginas. Margem superior e inferior 2,5cm, direita e esquerda 3,0cm. Deverá conter: Introdução, Objetivos, Metodologia, Resultados Preliminares, Considerações Finais e Bibliografia segundo a ABNT. Nome dos autores no início da página e a direita, linha abaixo a indicação complementares: instituição, e-mail. Título centralizado. Cada capítulo, em caixa alta, seguido de um espaço. OBS: O arquivo do texto deve ser enviado em formato WORD.


 

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